Opinião: Daniela Mercury e a grandiosidade do Pôr do Som: uma celebração ao axé, ao amor e à arte
Por:Matheus Montserrat
O primeiro dia de 2025 foi marcado por um espetáculo inesquecível em Salvador. O Pôr do Som, comandado por Daniela Mercury, transformou o início do ano em uma verdadeira celebração da música, do axé e do amor. Acompanhada por nomes icônicos como Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Gabriel Mercury, Ilê Ayê e Márcia Freire, Daniela entregou um dos eventos públicos mais bonitos e emocionantes que a capital baiana já testemunhou.

Foram mais de quatro horas de show, repletas de sintonia entre artistas e público, onde cada momento reafirmou a força e a beleza da música baiana. Transmitido pela TVE e disponível no YouTube, o espetáculo demonstrou não só a potência artística de Daniela Mercury, mas também sua resiliência diante dos desafios para tornar o evento realidade.
Por pouco, o Pôr do Som não aconteceu. Questões políticas e a falta de apoio econômico quase impediram a realização do projeto. No entanto, no último momento, a força de Daniela e sua equipe prevaleceu. O evento, que exige uma grande estrutura e atenção meticulosa aos detalhes, é reflexo do padrão de excelência que acompanha tudo o que leva a assinatura da “Rainha do Axé”.
A relevância de Daniela Mercury vai além da sua música. Ela é uma artista que transcende barreiras e consegue unir pessoas em torno de sua arte. Apesar de ser uma figura pública com posicionamentos políticos claros, Daniela demonstrou que, antes de qualquer coisa, é uma artista comprometida com a cultura, com seu público e com a qualidade do que entrega no palco.
O sucesso do Pôr do Som reafirma que Salvador é a casa da música e da alegria, e que eventos como esse são fundamentais para manter vivas as tradições e a energia única do axé. Mais do que um show, Daniela proporcionou um momento de conexão, celebração e orgulho para o povo baiano.
Daniela Mercury é irreverente, competente e incansável. O feedback extremamente positivo do público mostrou que, quando o talento encontra a dedicação, não há espaço para rixas ou barreiras políticas que possam impedir o brilho de uma artista tão singular. O Pôr do Som foi muito mais do que um evento: foi uma aula de amor à música, à arte e à Bahia.