Insulina de ação prolongada chega ao SUS para tratamento do diabetes tipo 1
A partir de fevereiro, pacientes com diabetes tipo 1 no Brasil terão acesso à insulina de ação prolongada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão desse medicamento, aprovada pela Conitec há seis anos, representa um avanço significativo no tratamento da doença.
As insulinas análogas de ação prolongada, como a glargina e a degludeca, oferecem um controle mais preciso da glicemia, com menor risco de hipoglicemia. Ao liberar a insulina de forma gradual e contínua, imitam a função do pâncreas saudável e proporcionam maior qualidade de vida aos pacientes.
A aquisição da insulina pela rede pública enfrentou alguns desafios, mas foi finalmente concretizada com a assinatura de um contrato com a empresa Biomm. A companhia, que venceu a licitação, possui capacidade produtiva suficiente para atender à demanda do país.
O endocrinologista Clayton Macedo, do Hospital São Paulo da Unifesp, explica que a principal diferença entre a insulina de ação prolongada e a NPH, anteriormente utilizada no SUS, está na duração e na previsibilidade do efeito. A insulina de ação prolongada oferece um controle mais estável da glicemia, reduzindo o risco de complicações.
Para entender melhor:
- Insulina basal: Mantém os níveis de glicose sob controle entre as refeições.
- Insulina bolus: Controla o aumento rápido de glicose após as refeições.
A disponibilidade da insulina de ação prolongada no SUS é uma conquista importante para os pacientes com diabetes tipo 1, que agora terão acesso a um tratamento mais eficaz e seguro.