Câmara de Vereadores solicita tombamento de prédio histórico em Vitória da Conquista
O presidente da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, Ivan Cordeiro, protocolou nesta segunda-feira (31) um pedido formal para o tombamento do prédio que abriga o Memorial Manoel Fernandes de Oliveira e setores legislativos, incluindo a presidência. O documento foi entregue ao conselheiro de cultura Marley Vital, na Secretaria Municipal de Cultura.
Segundo Cordeiro, a iniciativa busca garantir a preservação de um patrimônio fundamental para a história do município. “O tombamento do edifício da Câmara Municipal integra um conjunto de ações que visam a preservação da memória de Vitória da Conquista, pois o prédio está inteiramente ligado à vida social, política, econômica e cultural local e merece o reconhecimento público de patrimônio cultural”, afirmou.

História do prédio
Localizado na Rua Zeferino Correia, o edifício foi construído em 1910 pelo mestre de obras Luiz Alexandrino de Melo, conhecido como Luiz Pedreiro. Ao longo dos anos, já serviu como residência, hotel, fórum e sede da Justiça do Trabalho. Na década de 1960, foi adquirido pelo município e restaurado para abrigar a Câmara de Vereadores.
Durante a reforma, algumas modificações foram feitas na estrutura interna, incluindo a substituição do piso inferior e da escada original, além da alteração de janelas e da porta principal. Ainda assim, a fachada preserva características marcantes, como as sacadas no segundo pavimento, que, segundo o historiador Mozart Tanajura, remetem à arquitetura religiosa e são um exemplo raro na arquitetura civil brasileira.
O prédio também possui quatro estátuas no topo, representando Apolo, Mercúrio, Diana e Júpiter, um elemento decorativo de influência portuguesa. Estruturas semelhantes já foram vistas em outros prédios históricos da cidade, como o antigo Paço Municipal e o atual Museu Padre Palmeira.
Para Ivan Cordeiro, a preservação do prédio é essencial para a identidade cultural do município. “Essa iniciativa representa um compromisso com a história de Vitória da Conquista. Não podemos permitir que um patrimônio tão significativo se perca com o tempo”, concluiu.