Operação em clínica de estética: empresa afirma que fisioterapeuta não foi conduzido e celular foi apreendido voluntariamente
Na manhã desta quinta-feira (27), uma operação envolvendo a Polícia Civil, Vigilância Sanitária, CREFITO e CRF foi realizada na clínica de estética localizada na Avenida Siqueira Campos, em Vitória da Conquista. Em nota, a clínica esclareceu os fatos e apresentou sua versão dos acontecimentos.
De acordo com o advogado da clínica Bruno Sondreny, não houve a condução do fisioterapeuta responsável pelos procedimentos estéticos, por nao ser naquele momento o objetivo da operação, além de não ter indetificado crime. Apenas um aparelho celular foi apreendido, tendo sido entregue de forma voluntária pelos funcionários à equipe policial inclusive com acesso a senhas do mesmo. O dispositivo será periciado para identificar as informações nele contidas.
A denúncia teve origem em duas pacientes que realizaram tratamento de Criolipólise (tratamento estético que congela as células de gordura, reduzindo o volume da região tratada) e ficaram insatisfeitas com os resultados, motivo pelo qual solicitaram a devolução do valor pago. Segundo a empresa, a falta de entendimento entre as reclamantes e o profissional levou ao acionamento do fisioterapeuta perante a polícia.
O Advogado esclarece que a clinica não teve suas atividades interrompidas, como medida preventiva, três das dez salas de consultórios da clínica foram interditadas para que sejam realizadas obras de readaptação e adequação do espaço, conforme exigido pela Vigilância Sanitária do município. A empresa afirma estar atenta às exigências apresentadas e se coloca à disposição para esclarecer eventuais dúvidas.
A operação também apurou indícios de que o profissional estaria envolvido em condutas como a prescrição de medicamentos – prática exclusiva de médicos – e a suposta ocorrência de lesões corporais durante os procedimentos. Adicionalmente, foram encontrados medicamentos supostamente irregulares, sem a devida prescrição e rótulo, além de indícios de fornecimento inadequado por duas farmácias, incluindo uma de manipulação.
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) informou que instaurará um processo ético-disciplinar para investigar as possíveis irregularidades. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária.
A clínica, por sua vez, ressalta seu compromisso com o atendimento às normas e a segurança dos procedimentos, aguardando os resultados das perícias e das investigações para os devidos esclarecimentos.