Clínica é flagrada vendendo medicamentos irregulares e substâncias proibidas em Vitória da Conquista
A Vigilância Sanitária de Vitória da Conquista realizou, na manhã desta quinta-feira (20), uma operação para apurar a venda irregular de medicamentos em uma clínica particular da cidade. A ação contou com o apoio da Polícia Federal e do Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Durante a fiscalização, foram apreendidos medicamentos para emagrecimento, como Mounjaro e Ozempic, além de produtos manipulados. De acordo com a legislação vigente (Lei nº 5.991/1973), a venda de medicamentos é restrita a estabelecimentos autorizados, como farmácias e drogarias.

O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Kolbe, explicou que a investigação teve início após uma denúncia recebida pela delegacia da PF no município. “A denúncia apontava o uso de um medicamento com substância proibida. Após a verificação da procedência da informação, acionamos a Vigilância Sanitária e o Conselho de Farmácia para a fiscalização”, afirmou.
O coordenador da Vigilância Sanitária, Maicon Mares, destacou que a operação foi realizada logo após o recebimento da denúncia. “Apreendemos medicamentos cuja venda é proibida no Brasil, além de produtos manipulados que estavam sendo comercializados de forma irregular. A clínica, no entanto, não foi interditada”, esclareceu.
Segundo o delegado, os responsáveis pelo estabelecimento foram autuados. “Diante do flagrante, adotaremos as medidas legais cabíveis. Além disso, vamos estabelecer um protocolo de cooperação entre os órgãos envolvidos para intensificar a fiscalização e coibir a venda irregular desses medicamentos”, afirmou Kolbe.

A fiscal do CRF, Mozália Monteiro, alertou para a irregularidade na comercialização de medicamentos manipulados. “Identificamos produtos fabricados em grande escala por farmácias de outros estados, todos destinados a um único comprador. O medicamento manipulado deve ser preparado sob prescrição para um paciente específico e não pode ser produzido em larga escala”, explicou.
As investigações continuam para identificar possíveis responsáveis e irregularidades no funcionamento da clínica.