Diretor do Hospital Esaú Matos pede exoneração após problemas estruturais da unidade
O Hospital Municipal Esaú Matos está prestes a passar por uma mudança na administração: Daniel Perrucho, que ocupava o cargo de diretor, deixará o posto. A unidade tem sido alvo de diversas denúncias e reclamações de problemas estruturais.
A exoneração de Perrucho, a seu pedido, será publicada no Diário Oficial de amanhã (6). Ele havia deixado a direção executiva da Vittasaúde em abril do ano passado para assumir o Esaú Matos, após Diogo Azevedo (União Brasil) se desincompatibilizar para concorrer e ser eleito vereador, retornará à empresa de sua família.
Segundo o jornalista Antônio Sena, a prefeita Sheila Lemos (União Brasil) nomeará Ceres Neide Almeida Costa para o cargo. Ela foi a primeira secretária de Saúde na gestão de Herzem Gusmão (1948 – 2021) e trabalha como auditora na Sesab e presta serviços ao Esaú Matos desde 2020.
Diversas reportagens da imprensa da cidade destacam vários problemas enfrentados pelo hospital, incluindo atrasos nos pagamentos de salários e gratificações dos funcionários, com casos de cortes e escalonamento irregular do 13º salário, o que tem causado insatisfação e insegurança entre os trabalhadores.
Os pacientes também enfrentam desafios no atendimento, com falta de insumos básicos, como roupas para cirurgias e materiais estéreis, levando à suspensão de procedimentos críticos, como cesarianas. Além disso, a escassez de especialistas é um problema notório; um exemplo é o caso de uma recém-nascida com fenda palatina que permaneceu internada por 16 dias na semi-UTI esperando por uma avaliação fonoaudiológica devido à falta de cobertura durante férias e recessos.
Diante desses problemas, há rumores sobre a possibilidade de privatização do hospital, uma medida que muitos consideram como um desmantelamento dos serviços de saúde pública.