Mais da metade das crianças e adolescentes da Bahia vivem em situação de pobreza, diz pesquisa
Em 2023, mais da metade das crianças e adolescentes na Bahia enfrentavam algum tipo de privação. Isso representa 2,4 milhões de jovens entre 0 e 17 anos que não têm acesso a direitos fundamentais como educação, água e saneamento, situando a Bahia como o 2º estado com o maior número de crianças nesta situação no Brasil, atrás apenas de São Paulo (3,3 milhões). Esses dados foram revelados pelo estudo “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023”, lançado pelo Unicef nesta quinta-feira (16).
O estudo é baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) e examina sete dimensões essenciais de direitos: renda, educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. A análise da alimentação foi feita com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Esta é a quarta edição da pesquisa.
Os piores desempenhos da Bahia estão ligados à educação e ao trabalho infantil, onde o estado ocupa o segundo lugar no país. Em números absolutos, 364 mil crianças e adolescentes tinham restrições educacionais, seja por não frequentar a escola ou por estar atrasado nos estudos. Além disso, 112,4 mil indivíduos dessa faixa etária estavam envolvidos em algum tipo de trabalho infantil.