Enfermeira conquistense é demitida em Salvador após caso de injúria racial
O caso de injúria racial em um pet shop de Salvador ganhou destaque nas redes sociais e na mídia local nos últimos dias.
Uma funcionária e a gerente da loja relataram terem sido agredidas por uma cliente no último sábado (04). Vídeos mostram a enfermeira Camilla Ferraz de Barros, natural de Conquista, em discussão com a gerente, insatisfeita com o atendimento recebido.
Camilla, que trabalhava como gerente de operações no Hospital Mater Dei, se apresenta como juíza e ameaça dizer que “poderia mandar prender a morena” e que elas “vão pagar por isso”. Ela também ofende a gerente, chamando-a de “petista, baixa e preta”. Muito alterada, a mulher reclama de estar sendo filmada sem consentimento, dirigindo-se a quem estava gravando suas ofensas.
Em entrevista, Camilla afirmou que só se pronunciará após receber os resultados dos exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) e ver as imagens das câmeras de segurança da loja.
O Hospital Mater Dei despediu a enfermeira e publicou uma nota repudiando qualquer tipo de discriminação por parte de seus funcionários.
A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) negou a informação de que Camilla fosse uma juíza.
O Coren-BA, em comunicado oficial, ressaltou que o comportamento denunciado vai contra os princípios éticos e humanos da enfermagem, incompatível com o compromisso da profissão de promover respeito, dignidade e justiça. O órgão destacou que o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem exige respeito aos direitos humanos, combatendo a discriminação racial, étnica, de gênero ou social.
A Polícia Civil está investigando o ocorrido.