CNM aponta falta de imunizantes em 65% dos municípios, enquanto Ministério da Saúde nega escassez
Uma nova pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela um quadro preocupante sobre a vacinação no Brasil. Segundo o levantamento, realizado entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2024, 65,8% dos municípios brasileiros enfrentam falta de vacinas, principalmente contra catapora, covid-19 e coqueluche.
A CNM alerta que a falta de imunizantes pode levar a um aumento de casos de doenças preveníveis por vacina e comprometer a saúde da população, especialmente de crianças. A pesquisa aponta que, em média, os municípios afetados pela falta da vacina tríplice (coqueluche, difteria e tétano) estão sem o imunizante há cerca de 60 dias.
Em contrapartida, o Ministério da Saúde nega a existência de uma crise na vacinação e afirma ter garantido o fornecimento de todas as vacinas do calendário básico. A pasta atribui a falta de imunizantes em alguns municípios a problemas pontuais e de gestão local.
A pesquisa da CNM e os dados do Ministério da Saúde apresentam divergências significativas. Enquanto a confederação aponta falta de vacinas em mais da metade dos municípios, o governo afirma ter distribuído doses suficientes. Essa discrepância levanta questionamentos sobre a eficiência da distribuição e da aplicação das vacinas no país.
A falta de vacinas pode ter graves consequências para a saúde pública, como o ressurgimento de doenças erradicadas ou controladas. O aumento de casos de coqueluche, por exemplo, é um sinal de alerta para a fragilidade do sistema de imunização.