Fuga de detentos em Eunápolis segue sem nenhuma recaptura após 5 dias
Cinco dias após a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, nenhum dos criminosos foi recapturado, gerando preocupação entre os moradores e críticas à eficiência do sistema prisional do estado.
O incidente, ocorrido na última quinta-feira (12), foi resultado de uma ação organizada de um grupo armado, destacando falhas na segurança pública. Considerada a maior fuga registrada na unidade e a primeira com invasão armada, a operação foi cuidadosamente planejada. Os detentos perfuraram o teto enquanto criminosos armados cortavam a grade da unidade e disparavam contra os guardas, permitindo que os presos escapassem para uma área de vegetação próxima.
Desde então, as buscas têm sido intensificadas. Três suspeitos de participação na fuga morreram em confrontos com a polícia entre sexta-feira (13) e sábado (14), e dois homens foram presos. A Polícia Civil confirmou que os mortos estavam diretamente envolvidos na ação, mas a identidade de outros seis comparsas ainda está sob investigação.
Esta é a terceira fuga no Conjunto Penal de Eunápolis nos últimos oito anos. Em dezembro de 2023, dois presos fugiram com ajuda de funcionários, enquanto em 2016, um detento escapou disfarçado com peruca e barba.
Administrado pela empresa privada Reviver Administração Prisional Privada LTDA, o conjunto penal também gerencia unidades em Serrinha, Valença e Juazeiro. Em 2024, o governo estadual destinou R$ 56,59 milhões à empresa, somando R$ 126,32 milhões nos últimos dois anos, segundo o Portal de Transparência da Bahia.
As forças de segurança, incluindo a Polícia Civil, Polícia Militar e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), seguem mobilizadas para localizar os fugitivos.