“Rei do Lixo” pode fechar acordo de delação premiada; ACM Neto e políticos do União Brasil têm ligações com empresário
O empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, está considerando fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Moura foi apontado pela Operação Overclean como um dos líderes de um esquema que desviou cerca de R$ 1,4 bilhão de recursos públicos destinados a licitações, obtidos por meio de emendas parlamentares envolvendo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Outros envolvidos no esquema, como os empresários Alex Parente e Fábio Parente, também estão na mira para possíveis acordos de colaboração.
As investigações revelaram que a rede de corrupção tinha ramificações em diferentes níveis políticos. Conforme informações do site BNews, até mesmo o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), pode ter sido citado no contexto das apurações. Há suspeitas de um possível tráfico de influência envolvendo Neto, que teria indicado Moura para um cargo no diretório do União Brasil.
Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal mostram Moura mencionando um “amigo”, que seria o ex-prefeito. Os dois teriam conversado sobre questões relacionadas ao pagamento da Larclean Saúde Ambiental Ltda., empresa investigada e contratada pela prefeitura de Salvador por meio da Secretaria Municipal da Educação.
A assessoria de ACM Neto nega qualquer envolvimento e afirma que o nome do político não aparece em nenhum diálogo interceptado. Além disso, reforça que as alegações não têm ligação com qualquer prática ilegal.