Overclean: Polícia Federal investiga o desvio de R$ 6 milhões em contratos fraudulentos em Itapetinga
A Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (10), desvendou um complexo esquema de corrupção que desviou milhões de reais dos cofres públicos de Itapetinga, na Bahia. Segundo as investigações, uma organização criminosa liderada por Alex Parente fraudou contratos com a Prefeitura Municipal para enriquecer ilicitamente.
As empresas Qualymulti Serviços e Allpha Pavimentações LTDA, de propriedade dos irmãos Parente, foram as principais beneficiárias do esquema. Através de contratos superfaturados e serviços mal executados, a dupla teria desviado cerca de R$ 6 milhões anuais dos cofres públicos.
Um dos contratos mais lucrativos para a organização criminosa foi o de limpeza urbana, que teve seu valor inicial de R$ 5,1 milhões aumentado em sucessivas prorrogações.
A investigação também apontou o envolvimento de Orlando Santos Ribeiro, secretário de Governo do Município, que atuava como facilitador interno para garantir o pagamento das empresas ligadas à organização criminosa. Segundo a Polícia Federal, Ribeiro teria recebido propina em troca de garantir que os contratos fraudulentos fossem pagos.
Diego Queiroz Oliveira, ex-vereador e recentemente reeleito, também é investigado por integrar a organização criminosa e favorecer os interesses de Alex Parente.
A Operação Overclean, que investiga um esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão em todo o país, com foco no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), teve como alvo, em Itapetinga, contratos de limpeza urbana e pavimentação asfáltica, os quais, segundo a PF, foram utilizados para enriquecer ilicitamente os envolvidos.
A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias dos investigados.
A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.