Vereadores destacam desafios para aumentar a representatividade política de Vitória da Conquista na esfera Estadual e Federal
Vitória da Conquista, apesar de sua importância regional, ainda enfrenta desafios significativos para aumentar sua representatividade política na esfera estadual e federal. A busca por uma maior influência nas decisões políticas que impactam diretamente a vida de seus habitantes se esbarra em questões históricas de subrepresentação, disputas eleitorais concentradas em outras regiões e a falta de uma estratégia política unificada para conquistar mais espaços de poder.
Mesmo registrando quase 400 mil habitantes, mesmo sendo um polo comercial, educacional e de serviços no interior da Bahia, a cidade ainda não conta com uma representação proporcionalmente robusta nos principais níveis de poder estadual e federal. Para o líder de Governo na Câmara Municipal, vereador Luís Carlos Dudé (UB), essa reflexão é necessária para que haja uma mudança deste cenário político. “Vitória da Conquista é um polo de desenvolvimento, mas nossa voz ainda é insuficiente nos corredores do poder. Precisamos nos unir para garantir que nossas demandas sejam ouvidas e atendidas”, afirmou. Além disso, Dudé lembrou da atuação de ex-deputados como Raul Ferraz e Elquisson Soares, que viabilizaram recursos para obras estruturantes em Conquista e região.


Para Dudé, ao se comparar Vitória da Conquista com outros municípios do porte da cidade, como Feira de Santana, Itabuna e Juazeiro, ainda ocupamos um papel secundário quando se trata de garantir investimentos e influenciar políticas públicas de maior alcance no âmbito estadual e federal. “Nós, como representantes eleitos, temos a responsabilidade de ser a ponte entre a comunidade e os níveis mais altos do governo. Precisamos usar nossa influência para garantir que as necessidades de Vitória da Conquista sejam priorizadas”, declarou.
O vereador Chico Estrela (PDT) analisa que Vitória da Conquista enfrenta um problema histórico de centralização da política em Salvador, que desvia a atenção para a capital e áreas mais próximas. “Apesar do crescimento populacional e da importância regional, a cidade ainda não conseguiu formar uma base de poder que seja capaz de articular interesses de forma efetiva em nível estadual e federal. A falta de uma estratégia política sólida tem sido um dos maiores obstáculos”, explica.